13 fevereiro, 2017

A utopia do discurso socialista/comunista e sua morte discursal na prática social

O pensador karl Marx assim como tantos outros seguidores e incorporadores de suas ideias, acreditam  na construção de uma sociedade igualitária, que somente seria alcançada por meio do socialismo e do comunismo, sendo o socialismo a etapa inicial desse processo, que estaria completa quando atingisse a vida em comunidade, o comunismo. 

Antes de prosseguir, é necessário traçar uma pequena diferenciação entre socialismo e comunismo: em resumo a diferença está baseada no papel do Estado, enquanto no socialismo, o Estado funcionaria em favor das classes oprimidas buscando a equidade social por meio da apropriação dos meios de produção pelos trabalhadores, o comunismo seria o estado evoluído das relações sociais, nas quais não existiria mais as classes sociais e consequentemente o próprio Estado, assim sendo, o socialismo seria a ferramenta que construiria o comunismo como organização natural dos seres humanos.

Para sedimentar e propagar seu discurso entre as camadas mais populares, o socialismo e o comunismo, apregoam a destruição do Estado e de suas organizações, tentando desqualificá-la  e marginalizá-las, evocando um vitimismo social de algumas alas e a culpabilização de outras, além de subdividir a sociedade em grupos minoritários, buscando estabelecer relações sociais com estes, para depois super-valorizar pautas extremadas, sem a possibilidade de diálogo equilibrado com o contraditório, utilizam-se de chavões como “empoderamento” para qualificar e elevar  tão somente aqueles que advogam positivamente em sua causa, e marginalizam aqueles que não aceitam o engessamento ideológico proposto pela tal “elite empoderada do gueto”. 

No entanto, ao observamos o livro aberto da historiografia moderna, chegamos a morte do discurso desse sistema moribundo, que anda cambaleante no modo zumbi, procurando mentes despercebidas para sugar suas consciências. É bem verdade para todos, inclusive para os defensores desses sistemas, o seu fracasso, a morte pratica das ideias superestimada de Marx e de seus seguidores. 

Não preciso ir longe, basta observar no nosso quintal, a América Latina, as revoluções cubana e bolivariana, Cuba e Venezuela, evidenciam a decadência desse modus operandi de dominação de massas, que se mantém ainda ativas, transvestidas de um ideário libertário, que esconde o objetivo maior de sua matriz doentia, que assaltam o seu próprio povo, escondidos sob  a tutela de personagens populistas e áusteros,  que levaram seus co-cidadãos a pobreza, a fome, a fugir de sua pátria e buscar guarita em outras nações, por terem suas liberdades de expressão amordaçadas, de  não terem o direito de buscarem serem o que querem ser, de pensarem o que quiserem pensar, enquanto estes desfrutam de todas as regalias  negadas ao seu povo, em busca de um “suposto bem coletivo”. 

O interessante que no discurso dos dirigentes socialistas, todos saberiam o papel que iriam desempenhar sempre em favor do coletivo, o deles é claro é gerir tudo, no entanto, em detrimento da individualidade do sujeito, do direito  a propriedade privada, a busca pessoal de evolução, a ter preservada sua identidade cidadã e afins, ser opositor em um regime desses, é viver por natureza na ilegalidade e ter sob sua cabeça uma sentença de morte e prisão arbitrária! Viva a democracia socialista!

Os insucessos, os fracassos, as falências sociais provocadas por este regime, são creditados, não a sua insuficiência de sustentação, sufocada e estrangulada por sua própria incompetência e afã de dominação do poder social, cuja a única consequência é a produção em massa de governos totalitários que restringe o direito de acesso aos bens de consumo por parte de seus cidadãos, mas que por outro lado, utilizam de forma descriminalizada, estes de modo covarde, culpabilizam os tidos “agentes comuns do capital”, desviando o foco da realidade de sua incongruência, atacando aqueles que vivem suas vidas indo em luta para a obtenção digna do sustento e não simplesmente se colocando como vitimas do Estado e de suas estruturas!

Nenhum Estado Socialista e ou Comunista, conseguiu trazer de fato equilíbrio social, mas somente acentuou o desequilíbrio, nivelando todos por baixo, isso é um fato, uma realidade, uma soma de fracassos  de um sistema, sem pernas e cabeça, mas com muitos braços!

Fernando Saraiva

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