20 janeiro, 2017

Metanóia - Uma mudança de Deus em nós

Imagem Extraída de: Academia de voo
Mudar, recomeçar ou começar do zero não é uma tarefa fácil, pois requer o abandono de muitas coisas, o confronto com outras tantas e a decisão de enfrentar as decisões do passado e de projetar  um incerto.

Nessa retomada do caminho ou primeiros passos, os tropeços são recorrentes, o desânimo e o desejo de desistir também, a cada passo, nossas pernas parecem ficarem mais pesadas, nossas metas mais distantes e a clareza do caminho ofuscado.

Nunca foi fácil nadar contra a maré, contra as expectativas frustradas e nem mesmo contra o nosso próprio sentimento de derrota, que em muitos casos, revelam apenas a nossa falta de confiança, nosso comodismo com o que vivemos, por vezes, sabotamos as nossas próprias tentativas de mudar!

Um dos conceitos mais intrigantes das escrituras sagradas cristãs, é a conversão, a mudança de hábito, de pensamento, de atitude, provocadas pela revelação de Deus de si mesmo aos nossos corações.

Dois gigantes da fé passaram por isso, o apóstolo Pedro e o apóstolo Paulo, cada qual da sua forma.

Pedro chamando para ser pescador de homens, andou com o mestre, ouviu seus ensinamentos, demonstrou de inicial, ter entendido a mensagem, ter compreendido quem era Jesus, o Cristo de Deus (Mateus 16:16), no entanto, viveu momentos de crise: 1) Negando que o conhecia  (Marcos 14; Lucas 22 e João 18); 2) Dissimulando com os Judeus, olhando para os velhos rudimentos (Gálatas 2: 11,12), no entanto, todos esses elementos o fizeram mais forte ao ponto de padecer por amor  a mensagem apregoada e deixada por Jesus, o Cristo de Deus.

Paulo por sua vez, ainda aspirando ameaças e mortes aos discípulos de um tal galileu, foi achado por ele a caminho de Damasco (Atos 9), ficando cego fisicamente, foi curado espiritualmente pelo Senhor, tornando-se por amor, prisioneiro da mensagem de Jesus e por seu exemplo (Efésios 3:1),foi embaixador em prisões da pátria celestial (Efésios 6:20), sofreu açoites, agressões, foi alvo de naufrágio, de perigos nas estradas (2 Coríntios 11: 23-33) e finalmente foi martirizado sobre o domínio romano, mas disse fervorosamente: “Quanto a mim, já estou sendo derramado como libação, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda”. 2 Timóteo 4:6-8

Cada um deles a seu tempo seguia o seu curso de vida normal, até que tiveram suas vidas mudadas pelo chamado divino (Atos 22), tendo a ciência espiritual dada pelo criador de olharem para si mesmos reinterpretando o seu passado por meio da visão que Cristo tinha deles.

Essa mudança (metanóia) que ocorreu nas vidas de Pedro, Paulo e tantos outros é o primeiro grande passo da nossa regeneração efetuada em nós pelo Espirito de Deus, que nos convence do pecado, da justiça e do juízo (João 16:7-8), tendo como resultados, a fé salvífica, a conversão, o arrependimento com a mudança de mentalidade e a interiorização da cultura dos céus em nós (Salmo 15).

A cultura dos céus transcende qualquer glória passageira desse lado da eternidade, que assim como Pedro e Paulo, possamos reinterpretarmos a nós mesmos perante Deus e do seu Cristo, de maneira tal, que simplesmente não esbarremos na verdade, mas sim, que nos deixemos sermos preenchidos e guiados por ela!

Fernando Saraiva

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