“ATÉ ONDE VAI A GRAÇA?”
Há
quem vê a graça de Deus por meio de uma janela embasada, ou mesmo
em uma superfície plana em um dia de intensa neblina, ou ainda em
meio a um pequeno barco perdido em alto mar em uma verdadeira
tempestade. Na realidade elas não a enxergam, enxergam sim, uma
imagem distorcida do “favor imerecido” que ela representa.
Enxergam-na como uma série de regras, obrigações, penitências,
sacrifícios, dogmas pelos quais supostamente agradariam a Deus.
Quando
escrevo esse texto, uma série de significados e definições sobre a
Graça de Deus, brotam a mente, mas todos se mostram imperfeitos e
insuficientes para representá-la. Talvez ela fosse como um cheque,
um cheque em branco dado a um portador, há alguém tão desprezível
e repugnante, com sérios desvios morais e éticos, que nós mesmos
não teríamos sequer coragem de emprestar um mísero
centavo, ou
talvez, ainda fosse como alguém que no dia mais frio do ano, dos
últimos anos, cuja neve na calçada já se encontra com uma camada
de quase meio metro de gelo, retira todo o seu agasalho ficando
apenas com as roupas de banho, e entregasse
a
[agracia]uma pessoa desconhecida.
Questiono-me,
até onde vai à graça, a graça de Deus? Deparo-me com uma resposta
impactante e desconcertante. ___Até onde for necessário
[Vibro]!Deus, foi até as últimas consequências, foi até onde era
preciso ir! Foi até o calvário, desceu de sua glória, fez-se
carne, foi rejeitado por nós, teve seu rosto cuspido e estapeado,
suas mãos perfuradas por pregões, suas vestes rasgadas, foi motivo
de escárnio e sátiras. Cristo verdadeiramente morreu, justamente
pelas mãos daqueles, a quem salvara.
Ele
pagou o preço, quitou a dívida, subjugou a morte. Não debato se
era inevitável ou necessário tal ato, apenas limito-me a dizer que
Ele foi, até as últimas consequências para resgatar um povo, um
povo que era inimigo de Deus, um povo que estava morto em seus
pecados, mas reviveu pela morte e ressurreição de um homem, um povo
que fora separado não pelas suas obras e sacrifícios, mas sim por
um amor incondicional e irresistível que emana do Senhor Jesus.
A
Graça de Deus não tem limite, todos estão de baixo da mesma graça,
tanto você que paga seus impostos e é uma “pessoa correta”,
como um presidiário que aguarda no corredor da morte, condenando
pelas atrocidades cometidas no passado, todos nós compartilhamos da
mesma miséria e somos achados pelo mesmo Deus!
Reflexão
e Graça.
Fernando
Saraiva
Nenhum comentário:
Postar um comentário