28 fevereiro, 2012

“ATÉ ONDE VAI A GRAÇA?”




Há quem vê a graça de Deus por meio de uma janela embasada, ou mesmo em uma superfície plana em um dia de intensa neblina, ou ainda em meio a um pequeno barco perdido em alto mar em uma verdadeira tempestade. Na realidade elas não a enxergam, enxergam sim, uma imagem distorcida do “favor imerecido” que ela representa. Enxergam-na como uma série de regras, obrigações, penitências, sacrifícios, dogmas pelos quais supostamente agradariam a Deus.

Quando escrevo esse texto, uma série de significados e definições sobre a Graça de Deus, brotam a mente, mas todos se mostram imperfeitos e insuficientes para representá-la. Talvez ela fosse como um cheque, um cheque em branco dado a um portador, há alguém tão desprezível e repugnante, com sérios desvios morais e éticos, que nós mesmos não teríamos sequer coragem de emprestar um mísero centavo, ou talvez, ainda fosse como alguém que no dia mais frio do ano, dos últimos anos, cuja neve na calçada já se encontra com uma camada de quase meio metro de gelo, retira todo o seu agasalho ficando apenas com as roupas de banho, e entregasse a [agracia]uma pessoa desconhecida.

Questiono-me, até onde vai à graça, a graça de Deus? Deparo-me com uma resposta impactante e desconcertante. ___Até onde for necessário [Vibro]!Deus, foi até as últimas consequências, foi até onde era preciso ir! Foi até o calvário, desceu de sua glória, fez-se carne, foi rejeitado por nós, teve seu rosto cuspido e estapeado, suas mãos perfuradas por pregões, suas vestes rasgadas, foi motivo de escárnio e sátiras. Cristo verdadeiramente morreu, justamente pelas mãos daqueles, a quem salvara.

Ele pagou o preço, quitou a dívida, subjugou a morte. Não debato se era inevitável ou necessário tal ato, apenas limito-me a dizer que Ele foi, até as últimas consequências para resgatar um povo, um povo que era inimigo de Deus, um povo que estava morto em seus pecados, mas reviveu pela morte e ressurreição de um homem, um povo que fora separado não pelas suas obras e sacrifícios, mas sim por um amor incondicional e irresistível que emana do Senhor Jesus.
A Graça de Deus não tem limite, todos estão de baixo da mesma graça, tanto você que paga seus impostos e é uma “pessoa correta”, como um presidiário que aguarda no corredor da morte, condenando pelas atrocidades cometidas no passado, todos nós compartilhamos da mesma miséria e somos achados pelo mesmo Deus!

Reflexão e Graça.


Fernando Saraiva

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