18 janeiro, 2012


"MERCADINHO  EVANGÉLICO
OFERTA DO DIA: SANGUE DO CORDEIRO"


Segundo pesquisas  sobre a religião no país, há prognósticos que  indicam que as pessoas que professam a fé evangélica/protestante serão maioria  até 2020. Fato este grandemente influenciado pelas (igrejas) neopentecostais. Que comemoram seus números de (prédios, audiência e seguidores) com grande estrondo nas mídias. É notório, pelo menos para boa parte da liderança cristã, que tais instituições são enxertadas de “doutrinas” questionáveis, e que possui na teologia da prosperidade o seu carro chefe.
Em fase desta situação, certas denominações mais “tradicionais” e até mesmo algumas “históricas”, se apossaram de certas práticas neopentecostais como forma de manter seus fieis e sobreviverem as “ novas cruzadas” impostas pelos tele-evangelistas, que  em busca do carisma, da confiança, da adoração pessoal  e  principalmente do dinheiro da membresia abastada rasgam a bíblia como um papel comum.  
No entanto vale ressaltar que tal “assalto a fé”, pura e simples encontrada no Novo Testamento, vem nos últimos anos invadindo as periferias das grandes cidades, colhendo o pouco que ainda resta de dignidade daqueles incautos ou ignorantes na fé, que por causa dos dez por cento  (10%) que nunca falta, entregam até mesmo 30, 40, 50 e 80% dos seus dividendos, acreditando em promessas que nunca são cumpridas exceto na vidas de seus lideres, que nadam em piscinas de ouro banhadas pelo suor dos membros de suas “igrejas”.
Esse contingente de “crentes” em Cristo, são acometidos pelo bichinho da prosperidade, não aquela  prosperidade encontrada na bíblia, mas uma prosperidade podre e asquerosa que tem como o único resultado o empobrecimento financeiro e espiritual destes. Campanhas Milagrosas, que mais parecem “Rodas da Fortuna Gospel”, na qual o soberano, eterno, e riquíssimo em poder e em glória, tem a obrigação de premiar o mais “sortudo” e  “perseverante ” contribuinte do milhão.  
Há quem se regozije neste aumento vertiginoso do percentual de “evangélicos” no Brasil, em pouco mais de duas décadas já seremos a maioria, seremos a maioria em que? Em número? Em “novos evangelhos” em “novas doutrinas”, em novos “cristos”?

Há quem critique de certo modo a minha visão em relação a igreja. Mas questiono, de que igreja estamos falando? Da igreja gospel neoevangélica, que em NADA, tem a ver com o movimento protestante encabeçado pelos reformadores, e teólogos e leigos do passado. Que deram suas vidas pela graciosa e pura verdade bíblica, encontrada tão singelamente nas escrituras sagradas. Que relação estas figuras do protestantismo tem haver com este evangelho que negocia Cristo, que multiplica o seu flagelo, que o trás novamente e de novo e a cada instante a cruz?

Certo dia, alguém me disse que pinto a igreja, pior que o mundo. Não sei se de fato ela estar pior do que  ele, mas sei que no mundo existem pessoas melhores do que a igreja.

Paz e Vida.

Fernando Saraiva


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